Um Espírito que teve uma especialidade na Terra, um pintor, um arquiteto, por exemplo, se interessa de preferência pelos trabalhos que constituíram o objeto de sua predileção durante a vida?
Tudo se confunde num objetivo geral. Se for bom, se interessará por eles na proporção que lhe permitam ajudar a elevação das almas a Deus. Esqueceis, aliás, que um Espírito que praticou uma arte na existência em que o conhecestes, pode ter praticado outra em outra existência, porque é necessário que tudo saiba para tornar-se perfeito. Assim, segundo o seu grau de adiantamento, pode ser que nenhuma delas constitua uma especialidade para ele. E isso o que eu entendo quando digo que tudo se confunde num objetivo geral. Notai ainda isto: o que é sublime para vós, no vosso mundo atrasado, não passa de infantilidade, comparado com o que há nos mundos mais avançados. Como quereis que os Espíritos que habitam esses mundos, onde existem artes desconhecidas para vós, admirem o que, para eles, não é mais que um trabalho escolar? Já o disse: eles examinam aquilo que pode provar o progresso.
566 – a) Concebemos que assim deve ser para os Espíritos bastante adiantados. Mas falamos dos Espíritos mais vulgares, que não se elevaram ainda acima das idéias terrenas.
Para esses é diferente. Seu ponto de vista é mais limitado e podem admirar aquilo mesmo que admiras.